Nos tempos mais remotos da vida humana, na luta pela sobrevivência, o homem defendia-se dos outros homens e dos animais selvagens para obter os alimentos de que carecia, correndo pelas florestas, mergulhando ou nadando em rios e lagos ou navegando por mares. Mais tarde, com utilização de armas rudimentares, que manejava com perícia, para pescar e caçar, o homem primitivo forçava o organismo a rudes trabalhos ligados a força, velocidade, destreza, agilidade e resistência, sempre em ambientes hostis.
O processo de avaliação do rendimento motor retoma em termos antropométricos, às épocas clássicas do Egipto e da Grécia. A avaliação das habilidades ou da eficiência do movimento mediante uma serie de medidas com uma base científica só teve lugar a partir do século XIX. Algumas destas medições tentavam definir uma parte analítica do rendimento motor do corpo, outras, pelo contrário, procuravam definir num único valor a capacidade ou aptidão física geral do individuo.
Nos finais do seculo XIX e início do século XX, as gerações dos nossos avós e bisavós também, não tinham forma de evitar o esforço físico da vida diária. A maioria dos homens e algumas mulheres trabalhavam em ofícios manuais fisicamente exigentes, enquanto para a maioria das mulheres tratava da casa e educava os filhos, sem a ajuda das máquinas. Até mesmo, os períodos de lazer costumavam implicar algum esforço (lavoura e irrigação de propriedades pessoais, recolha de água e alimentos, lavagens manuais…)
Com o tempo, a evolução científica e tecnológica trouxe ao homem a televisão e um variado leque de electrodomésticos modernos, bem como, automóvel que trouxera a mudança do trabalho manual para empregos automatizados ou de escritório, massificando-se hábitos de vida sedentários e injetando no quotidiano ativo a condição “mínimo de perda de tempo possível”. Todo este desenvolvimento desenfreado, caraterizado pela falta de atividade física regular, conduz ao aparecimento de doenças, tais como: obesidade, arteriosclerose, doenças cardiovasculares, diabetes.
Barata (1997) afirma “a obesidade é uma das três grandes epidemias deste novo século”, em que as outras duas são a sida e a diabetes.
“Todos” têm o dever de incutir na população hábitos de vida saudáveis, como o objetivo de melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças. Entre estes hábitos destaca-se pela sua importância a prática regular de exercício físico. É, pois, crucial promover a atividade física entre a população de qualquer país industrializado, já que esta é cada vez mais sedentária e por isso há maior risco de contrair doenças, fundamentalmente cardiovasculares. É necessário o estabelecimento da atividade física com cariz e rigor científico na qual o educador físico deve ser um especialista na prescrição do exercício físico. Além disso, é preciso sensibilizar os agentes do poder para que intervenham, mediante políticas destinadas à promoção de saúde pública, para o aumento da prática e avaliação da atividade física nos contextos educativo, desportivo e recreativo, como uma medicina preventiva e rendível.
O nível de condição física de uma pessoa depende da interação de um conjunto de funções fisiológicas. Uma das formas de avaliar esse nivel consiste em estabelecer baterias de provas que dependem de uma ou mais função fisiológicas essenciais, como o sistema cardio-respiratório, os músculos, a coordenação neuromuscular e os resultados podem ser medidos com equipamentos simples (cronometro, fita métrica) ou específicos (bicicleta ergométrica). Estes são, frequentemente, representados pela duração de um exercício, por uma distância, uma carga, intensidade e volume e considerados como medidas quantitativas, com relação à altura e às dimensões da pessoa testada. Todavia, existem inúmeras técnicas e protocolos para avaliar a condição física de um individuo em contexto.