Coaching centrado na pessoa

Translate

Verborreia social

Antigamente, os grandes líderes sabiam que há um tempo para falar e outro para estar calado. Por exemplo, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, e Santa Madre Teresa de Calcutá passaram por longos períodos de silêncio nas suas vidas, refletindo, alimentando uma vida interior que nos era transmitida pela autenticidade das suas palavras.
Atualmente, quem fala mais é o mais forte, o mais admirado, ainda que não diga nada de verdadeiramente relevante ou objetivo. O silêncio é entendido, por muitos, como um sinal de fraqueza e não como uma atitude prudente e uma prova de sabedoria.
Ora, julgo que um dos maiores problemas da atualidade é a “doença do barulho”. O homem pós-moderno vive adicto ao barulho. Os ecrãs tecnológicos, autênticas prisões cintilantes em que todos nós passamos demasiado tempo, continuam a alimentar-nos de um fluxo ininterrupto de informações e conteúdos, sequestrando-nos tantas vezes o descernimento.
A incapacidade que as pessoas mostram para estarem no silêncio, é um sinal preocupante. Facilmente se pressente que as suas opiniões não foram pensadas, vividas com profundidade no silêncio, antes de nos serem comunicadas.
Reina a magniloquência no discurso político, nos comentadores televisivos e nas redes sociais.  Frequentemente, a conversa que começa sendo útil, degenera cedo em inútil, para terminar sendo censurável.
Um antigo ditado popular afirma que temos uma boca e dois ouvidos para ouvir mais e falar menos.
Quem já se deparou com isso sabe bem, como é difícil finalizar um diálogo que mais parece um monólogo!
Sabe bem, o que é dialogar com alguém que fala muito para não resolver nada!  Sabe bem, o que é tentar comunicar assertivamente com alguém que esconde a sua culpa ou ignorância de algo, ocultando-as por trás de um falar interninavél e inconsequente!
Cada indivíduo tem uma forma de manifestar seu estado interior, podendo represantá-lo idóneo ou perturbado por meio da fala intensa. JCC