Segundo Caspersen (1985), a atividade física é designada como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética que resulte em gasto energético. Porém, esta deve ser interpretada como um comportamento humano complexo com componentes e determinantes de ordem biológica e psico-sociocultural, em que se incluem, para além das capacidades funcionais, os esforços físicos, atividades de lazer e entre outras, a ocupação profissional.
Na óptica de Sérgio (2003), “A motricidade emerge da corporeidade como sinal de quem está no mundo para qualquer coisa, isto é, como um projecto (…) em que toda a conduta motora inaugura um sentido, através do corpo.” Na sequência deste pensamento, a atividade física, é um processo dinâmico de aquisições de conhecimentos em que pensamento e ação se interligam, e se desenvolve ao longo do crescimento durante todo o processo de aprendizagem.
Este processo de aprendizagem de condutas motoras é importante que seja implementado desde tenra idade para que se possa desenvolver melhor todo o ser humano. Considera-se que a atividade física regular na infância e na juventude produz adultos saudáveis e a continuação desta é necessária para preservar a saúde na velhice, pelo que o exercício físico regular se impõe transversalmente como importante componente das políticas de saúde.
A atividade física é um dos fatores mais importantes da manutenção da saúde, a sua pratica regular ao longo da vida tem repercussões muito positivas sobre todo o organismo. A atividade física regular, numa sociedade moderna, deve ser entendida como veículo fundamental de saúde, no combate e prevenção de doenças. Segundo o ACSM (American College of Science and Medicine), os benefícios da atividade física regular são a melhoria da função cardiorespiratória, a redução de fatores de risco de doença coronária, o decréscimo da mortalidade e a diminuição da ansiedade e depressão.